Medidas para controle de doença que atinge gatos e humanos é tema de reunião no MPPR com gestores da área de saúde, pesquisadores e entidades 05/04/2023 - 14:51
A necessidade de ações para controlar a disseminação e frear o avanço da esporotricose – doença que atinge principalmente os gatos, mas que também pode ser transmitida a humanos, com graves complicações se não tratada a tempo – foi tema de reunião técnica promovida nesta terça-feira, 4 de abril, no Ministério Público do Paraná. O tema é acompanhado pela Promotoria de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente da capital, que instaurou procedimento administrativo próprio relacionado à questão.
O encontro reuniu gestores públicos da área de saúde, especialmente das secretarias de Saúde e de Meio Ambiente, representantes de entidades da sociedade civil, notadamente as que lidam com medicina veterinária, e professores universitários e pesquisadores que têm se dedicado ao estudo da enfermidade.
Norma estadual – Entre os pontos debatidos, foi apresentada pela Secretaria de Estado da Saúde uma Nota Técnica com definições para o enfrentamento da doença que prevê, entre outras medidas, a notificação compulsória de todos os registros de casos – sejam eles atendidos pela rede pública ou na rede privada – bem como a distribuição gratuita de medicamento adequado para o tratamento da doença. Além disso, a normativa indica diretrizes a serem observadas pelos Municípios para o acompanhamento dos casos suspeitos e confirmados. Uma delas é a orientação quanto à instalação de programa de captura, esterilização, diagnóstico e devolução dos felinos, e o monitoramento do animal por meio do agendamento de retornos ou visitas domiciliares para identificação das recidivas.
Litoral – Entre os pontos destacados pelos participantes durante a reunião, está a preocupação com o avanço da doença no Litoral do estado, situação que deverá ser observada de forma cuidadosa pelos gestores públicos da área da saúde e da Vigilância Sanitária locais, com o acompanhamento do Ministério Público do Paraná, a partir das Promotorias de Justiça da região.
Atualização – A partir do procedimento administrativo instaurado para o acompanhamento da questão, a Promotoria de Justiça solicitou que os dirigentes dos principais órgãos envolvidos encaminhem ao MPPR, no prazo de 30 dias, informações atualizadas sobre as providências já implementadas para o enfrentamento da esporotricose, de acordo com a competência de cada órgão envolvido, bem como aquelas que estão atualmente em curso. Deverão prestar essas informações a Secretaria de Estado da Saúde, as secretarias municipais de Meio Ambiente e de Saúde de Curitiba e o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná.
Doença – Causada por um fungo – encontrado na terra, em espinhos, farpas, madeiras e outros materiais em decomposição –, a esporotricose é transmitida, especialmente entre os felinos, no contato entre animais infectados, a partir de arranhões e mordidas. Sua manifestação se dá principalmente como lesões na pele que, se não diagnosticadas e tratadas precocemente, podem se agravar. Já foram inclusive registrados óbitos em pacientes imunodeprimidos, como portadores de HIV, doentes renais e pessoas submetidas a quimioterapia para tratamento de câncer.
Próximo encontro – A próxima reunião do grupo que vem debatendo o assunto ficou marcada para o dia 18 de maio, às 14 horas.
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